sexta-feira, 11 de setembro de 2009

Bem-Vindo. Com hífen, tá?


Ontem, ao assistir ao programa do PV, quase caí do sofá. Escreveram "BENVINDO" no discurso da mulher. Isso, "benvindo". Será que o povo acha que houve mudança nessa palavrinha!? Gente, o post de hoje é bem simples:
Não houve mudança. Continuamos a escrever "bem-vindo". Assim, tá?
Ah, e a imagem ao lado é um exemplo do que não se deve fazer. Mas está melhor que "benvindo"... sem dúvidas! "Benvindo" é nome de homem, gente.
Até a próxima!

quinta-feira, 10 de setembro de 2009

Yes, eu uso hífen!

Demorou, mas chegou a hora. Vamos falar da mudança mais temida... O uso do hífen. Já vou logo avisando que você não precisa decorar tudo isso.Pessoas normais andam com dicionário do lado. E existe dicionário para o uso do hífen, também. Eu sempre usei o do Eduardo Martins. Vamos lá:


1) Prefixos e falsos prefixos terminados em vogais: hífen diante de H e de vogais idênticas à vogal final do prefixo. Duplicam-se "s" e "r" diante de palavras iniciadas por elas. Esqueça o hífen quando a última vogal do prefixo for diferente da vogal iniciada da palavra subsequente. Calma, dou exemplos:

mini-hotel
micro-ônibus
neorrealista
autoanálise

Quer uma lista desses prefixos? Lá vai:

aero,agro,alfa,ante,anti,arqui,auto,beta,bi,bio,contra,di,eletro,entre,extra,foto,gama,geo,hetero,
hidro,hipo,homo,ili/ilio,infra,intra,isso,lacto,lipo,macro,maxi,mega,meso,micro,mini,mono,
morfo,multi,nefro,neo,neuro,paleo,peri,pluri,poli,proto,pseudo,psico,retro,semi,sobre,supra,socio,
tele,tetra,tri,ultra,vídeo

ATENÇÃO:os prefixos co, re, pre e pro aglutinam-se ao elemento subsequente!

2) "quem" termina em b "ganha" um hífen diante de B, R e H:

ab-rogar
sub-reitor
sub-hepático (nesse caso também vale subepático)
sub-humano e subumano (os dois estão certos ;)
ab-rupto e abrupto (os dois estão certos ;)

3) AD - hífen com D, R e H:

Ad-digital
ad-rogar
dupla grafia: adrenal e ad-renal

4) R - hífen diante de H e R:

super-herói
super-homem
hiper-realista


Viu que "super" só é separado diante de h e r? Vamos aproveitar e parar de escrever "super" sempre separado de outra palavrinha. Normalmente é junto. Mas publicitário continua com a mania de escrever separado mesmo! Supernormal!

5) CO - aglutina-se ao segundo elemento. O "s" ou "r" é duplicado:

cooperar
coedição
coautor
cosseno
corréu
corresponsável
copiloto

6)PAN e CIRCUM - hífen diante de VOGAIS, H, M e N:

Pan-americano
pan-helênico
pan-negritude
pansexual
circum-navegação


Viu só... A mudança não é um bicho-papão, não. O lance é que ninguém sabia escrever com hífen (e o povo achava que sabia). Agora, as pessoas só têm consciência disso. Nesse ponto eu acho bom.
Ainda faltam algumas mudanças. Prometo não demorar a postar. Mas vou deixar pra depois. Ler sobre o hífen cansa, eu sei.

Imagem/fonte: Google.

domingo, 5 de julho de 2009

Nova Ortografia - parte II

Ainda na onda da nova ortografia, seguem mais três mudanças. Pra ninguém reclamar que o blog tá numa linha muito "gramatiquês", vou começar com os exemplos. Depois, do ladinho, coloco a regra pra quem quiser conhecer, ok?

1) Hiato
Feiura, baicua, boiuno, Costa do Sauipe, cauila, etc. não têm mais acento. Regrinha: hiato i (s) e u(s) - o acento das letras desaparece quando elas são antecedidas de ditongo, desde que não sejam oxítonas. Ditongo você lembra? é o encontro de uma voga + semivogal ou semivogal + vogal (ex: pai, qual).
Agora, uma observação. Se a palavra for oxítona (Piauí) e quando o "i" e o "u" não forem antecedidos de ditongo (saída, saúde, egoísmo), o ACENTO CONTINUA IGUAL.

2)Acento Circunflexo nas Letras Dobradas
Olha que beleza. Acentos circunflexos desaparecem nas letras dobradas:
veem, creem, leem, deem, voo, zoo, magoo, enjoo, etc.
importante: a regra dos verbos "ter" e "vir" - e derivados -não sofre alteração (ele tem/eles têm).

3) Acento Diferencial
A maioria desaparece (polo norte, polo aquático, para (verbo), pera (fruta), etc.

- Mantêm: pôr (verbo), pôde/pode, pôr do sol.
-Acento facultativo: fôrma (em oposição ao termo forma).

No próximo post, comentarei a respeito da sétima e mais temida mudança: o uso do hífen. Eu sempre fui da teoria que para escrever direito e usar o hifen corretamente é preciso muita consulta. Por isso não acho a mudança tão assustadora. Pra quem já sabia algumas regras (como a duplicação do s e do r, que já existia!!), a mudança é até bem lógica.

segunda-feira, 15 de junho de 2009

Los cambios marcan...



Pensando na boa fase do mercado editorial e no artigo que li com os comentários do Bechara, resolvi postar umas dicas sobre o novo acordo. Cansei de ouvir o povo reclamar. É no bus, é no trabalho, é no táxi. Mudança é assim, gente, exige adaptação. Mas depois fica tudo bem! E é pra não traumatizar ninguém que farei um post curto.

1) Quando a nova regra entra em vigor?

A nova regra está valendo desde janeiro desse ano. E você tem até o fim de 2012 para se adaptar. Mas pelo amor, né? Nada de preguiça. Começar a enviar e-mails de acordo com as mudanças já vai facilitar muito o seu aprendizado!

2) O que mudou?

São 7 grandes mudanças. Neste post, citarei 3 delas. São bem fáceis. Pra você começar a gravar mesmo:

- esqueça a “lingüiça”, a “conseqüência” o “seqüestro”. Agora você come “linguiça” , presencia um “sequestro” e espera por uma “consequência”. Adeus, trema!

- Bye Bye, também, aos acentos agudos dos grupos GUE, GUI, QUE, QUI. Portanto, plis, nada de averigúe, apazigúe, argúi. É averigue, apazigue, argui.

- Adiós aos acentos nos ditongos abertos “éi”, “éu”, “ói” das PAROXÍTONAS. Exemplos?

Agora você tem uma ideia, resolve ir a Coreia, a uma assembleia, e ficar numa plateia, apoiando, todo paranoico, o heroico...

Listo. Essas são as três mudanças de hoje. Ah, não se esqueça. A pronúncia continua a mesma!

domingo, 14 de junho de 2009

Navegar é preciso... Usar o dicionário também


Quem é revisor em portal sabe. Agilidade e dinamismo, fundamentais a qualquer jornalista, devem ser somados a uma boa dose de concentração e desenvoltura com nuestra gramática querida... Sabendo de tudo isso, muita gente utiliza de artifícios "ágeis" (como perguntar ao colega do lado) para tirar aquela dúvida de crase, de regência, de plural composto, etc. Ok, ok... eu faço isso às vezes, também. No entanto, é só colocando a mão na massa que... (tá bom, admito que hoje estou prolixa e cheia de jargões, mas já chego lá...). Pois bem. É só colocando a mão na massa, abrindo dicionários, pesquisando no google, consultando manuais, o volp, etc. que você vai tirar a sua dúvida. E não vai esquecer nadica de nada (pelo menos é assim na teoria).Quantos vezes já trabalhei em lugares onde colegas com a mesma formação que a minha resolviam gritar lá do outro lado da sala para perguntar qual era a diferença de "à-toa" e "à toa". Diferença, esta, que a nova ortografia extinguiu! Portanto, a dica de hoje você já ouviu da sua tia lá na primeira série:
- Meu filho, consulte o Aurélio, o Houaiss, o Manual do Estadão, da Folha, etc, etc, etc.
Ahh, meu filho. E não tenha o rei na barriga. Nem o Bechara deve saber tudo (tudo bem que ele deve saber 99,99%). Mas aposto que a estante de livros dele é bem "recheada". E muito usada.

domingo, 18 de janeiro de 2009

Objetividade é o lema do webwriter

Seja objetivo. Um texto objetivo tem muito mais chances de ser lido. Pode acreditar.

O texto do site http://www.rodaspegasus.com/ era maior. Apesar de ainda estar no estilo do cliente, ele foi editado com o objetivo de ser um pouco mais direto. E repare. Os subtítulos nos remetem, exclusivamente, àquilo que os parágrafos falam. Nem mais nem menos.

Redator Publicitário não é escritor

Um dos conselhos que eu daria pra você, indivíduo que deseja se aventurar na carreira de redator, é:
aprenda muito sobre os gostos e sobre o negócio do seu cliente. E entenda uma coisinha: você não é escritor, viu? Você é redator. Portanto, nada de não me toques quando mexerem no seu texto. Isso acontecerá trilhões de vezes. Defenda seu ponto de vista com educação e com o coração aberto. Pode parecer piegas. Mas vai te ajudar. Eu garanto.

Hermetismo nem pensar!


Não me canso de escrever sobre esse papo de “escrever simples”, com clareza e de acordo com o target. Sabe por quê? Isso não serve só para o jornalismo ou para a publicidade. Serve para a vida. E que atire a primeira pedra quem nunca abriu um e-mail e não entendeu absolutamente nada daquilo que estava escrito pelo colega!


Treinando a linguagem
rotineira


Na Agência O+N treinei a linguagem publicitária e, muitas vezes, a linguagem jornalística com um toque do marketing (porque isso existe, viu. E os clientes pedem muito!).


Abaixo o juridiquês, o politiquês, o literatês, etc!

É o Blog Cortando Palavras contra os vícios de linguagem.

"Vejam só, um homem que sabe javanês - que portento!" Lima Barreto, escritor e jornalista


No post passado, comentei a respeito do javanês... Falava sobre a importância de redigirmos textos claros e concisos. Passeando pela net, encontrei essa frase do Lima Barreto que me fez refletir ainda mais sobre a importância de ser ético e cuidadoso com as informações que chegam às nossas mesas de trabalho.


Mas como ser tão cuidadoso?

A ética é intrínseca à pessoa. Não tem jeito.. Agora, ser disciplinado, cuidadoso e saber articular as informações, analisar dados, ah, leitor, isso aí demanda prática, muito prática. Exemplo: quando leio meus textos do começo da faculdade ou aqueles de meus primeiros trabalhos eu levo um susto tremendo. E sei que daqui um tempo eu também levarei sustos ao ler meus textos de hoje. Ora, a nossa escrita é reflexo do nosso desenvolvimento. Ainda bem!
Quando trabalhei na House Press, apesar de ter ficado pouco tempo, pratiquei muito a articulação das informações, pude entrevistar de maneira categórica e inteligente e, também, aprendi a mostrar a importância de tudo isso para os clientes.

As imagens deste post são de alguns trabalhos que desenvolvia lá.

Eu não falo javanês. E você?


A linguagem do vídeo é... SIMPLES! Na época da faculdade de jornalismo, um professor não cansava de repetir. Alunos, alunos, você devem redigir esses offs como se estivessem falando com sua priminha de 8 anos. Não importa se fulano tem mestrado em Harvard ou formou-se na escola de bairro do interior do Estado. Não importa. O seu texto tem a obrigação de atingir, em bom PORTUGUÊS, toda a galera.
E, olha, a máxima serve para Televisão Corporativa. Afinal, ninguém é obrigado a ficar interpretando textos escalafobéticos, escritos em linguagem cifrada, distante do vocabulário da maioria dos telespectadores.


Na BIC, eu desenvolvi algumas reportagens especiais e tive a oportunidade de escrever roteiros de vídeos. Além de muito gostoso e enriquecedor, fazer vídeo também é muito divertido! Em breve, postarei o making of das reportagens da Semana de Gestão Integrada, realizada na BIC de Manaus. Aguarde!

Curiosidade: Vídeo vem do latim “eu vejo”.
Fonte: RR Notícias.

BIC: é assim que se faz Comunicação Interna




Saindo da CESP-EMAE, fui trabalhar com a Comunicação Interna do Grupo Francês BIC. Sim, BIC da caneta BIC e dos inúmeros outros produtos sensacionais (que eu acabei conhecendo a fundo depois!). A princípio, a idéia era ser Assistente de Produção e Redação. Meu amigo, a coisa deu tão certo que virei a Jornalista Responsável pelos veículos internos do Grupo. Agradeço DEMAIS à Agência AM2 Publicidade – responsável pela realização desses veículos. Lá aprendi tudo que sei sobre Comunicação Interna.

Havia, no começo, duas vertentes: Revista BIC e Jornal Mural Acontece BIC. O primeiro veículo era direcionado aos produtos da empresa. Já o segundo tinha como foco os colaboradores da BIC.
O trabalho envolvia todas as etapas da produção de um veículo: pauta, fechamento do espelho, fotos, reportagens, redação, projeto editorial, revisão, pesquisa e auxílio ao projeto gráfico. Tudo, absolutamente tudo que um jornalista precisa saber para aprender a dirigir um veículo.

Comunicação Interna e Externa da CESP-EMAE

Sempre atuei como freelancer. Meu primeiro trabalho em empresa foi na CESP-EMAE. Eu era estagiária da área de comunicação.

Atendia à imprensa e ajudava a redigir, fazer reportagens e revisar o Jornal CESP-EMAE

Foi com o boletim informativo da Cesp que tive contato, pela primeira vez, com Jornalismo Empresarial. Aprendi muito com a minha editora lá. Logo nos primeiros boletins, publicamos umas dicas de português. Eu as uso muito até hoje. Vale a pena dar uma conferida em algumas delas.


Em vez de ou ao invés de?


Ao invés significa ao contrário de. Exemplo: Maria, ao invés de entrar, saiu. No dia-a-dia, a expressão ao invés de quase não seria usada se as pessoas não a confundissem com em vez de, que significa no lugar de. Preste atenção! Na grande maioria das vezes você quer dizer em vez de e, por vício de linguagem, acaba falando ao invés de.

Dica: Na dúvida, sempre use “em vez de”.

Por que Cortando Palavras?


Já é consenso entre os mestres da literatura: escrever é a arte de cortar palavras.
Quando faço um texto, tenho o hábito de relê-lo e editá-lo ao menos duas vezes. Quem é jornalista ou redator sabe. Por mais que seu editor tenha dado aquele espacinho do jornal pra você, ah, meu amigo, se você tem um material espetacular, conversou com fontes magníficas, fez uma pesquisa gigantesca e ainda por cima é apaixonado pelo assunto, certamente terá um trabalhinho de redução pela frente. E, ao contrário do que muita gente pensa, editar não é só deixar o texto mais curtinho e sair por aí cortando qualquer parágrafo. Editar é cortar as palavras CERTAS, é saber priorizar a informação, é identificar o lead correto, adequá-lo ao público-alvo ou à política editorial do jornal. Editar é deixar o texto leve, é se colocar no lugar de quem está lendo e pensar se aquela pessoa entenderá aquele “monte de palavras” ou se aquilo se resumirá, apenas, a “um monte de palavras”.

Que fique claro. Não estamos falando em perfeição. Sabemos do ritmo alucinante das redações. Falamos, sim, no mínimo de coesão e carinho por aquilo que redigimos.

Espero que o Cortando Palavras faça de você e do receptor da sua mensagem pessoas felizes e com menos dúvidas.

E um VIVA à clareza dos textos!
Fonte: Bibliotecário de Babel.

Bem-Vindo ao Cortando Palavras




Poeta. Escritora. Jornalista.
Professora. Revisora ou Tradutora?


Sempre fui apaixonada pela Língua Portuguesa. Aliás, pela comunicação em geral. Lembro-me direitinho. “Por que” estava em 99,5% de tudo que eu falava diariamente. Chegava a ser chata. Com uns 5 aninhos, mais ou menos, importunava meu pai com uma perguntinha básica dessa fase (pedagogos, corrijam-me, please): pai, por que o mundo existe? Como nós surgimos? Mas como surgiu a primeira pessoa no mundo? E por aí vai...

Um pouco depois da fase das perguntas, já com o alfabeto na ponta da língua e a descoberta dos livros, a torcida da família era para eu ser escritora. Atrevida de tudo, escrevia poemas e enviava pra minha avó, que elogiava até dizer chega...

Eles acertaram. E eu também não mudei de paixão.

Por isso criei o Cortando Palavras. Aqui, dividirei com vocês um pouquinho daquilo que aprendi ao longo da minha experiência profissional. Muito mais que um portfólio, o Cortando Palavras vai trazer dicas para quem deseja soltar o verbo e sair escrevendo por aí. Escrevendo, porém, com muita clareza, né, gente?

Boa redação!

Fonte:Logopéia.